Por Erre Castilho
Ibatiba (ES) – Então, você já ouviu falar em osteossarcoma? Provavelmente não, né? A não ser que você, ou alguém próximo, já tenha passado por essa experiência (e, se for o caso, meus sinceros sentimentos, porque não é fácil mesmo). Bom, o osteossarcoma é um tipo de câncer ósseo bem raro, que tem uma certa predileção, digamos assim, por jovens. Isso mesmo, ele tende a afetar adolescentes e jovens adultos, na faixa dos 10 aos 20 anos. É tipo aquela fase da vida em que você tá crescendo rápido, se achando invencível, e aí, de repente, vem uma notícia dessa pra mudar tudo.
Mas, o que é osteossarcoma, afinal?
Então, pra simplificar, o osteossarcoma é um tumor maligno que surge nas células dos ossos. E, por alguma razão (que os ciêntistas ainda tentam desvendar), ele curte aparecer nos ossos longos, sabe? Tipo aquelas partes do corpo que dão uma esticada rápida na adolescência, como o fêmur (que é a coxa), a tíbia (que é a canela) e o úmero (o osso do braço). Não é muito comum ele aparecer em ossos menores, como os da coluna ou da mandíbula.
E sabe o que é louco? Ele pode até parecer uma simples dor de crescimento no início. Quem nunca teve aquelas dores nas pernas na época que estava crescendo? Pois é, mas com o osteossarcoma, essa dor vai ficando mais intensa com o tempo. Às vezes, aparece um inchaço ali na região onde o tumor tá crescendo e, em alguns casos mais drásticos, o osso pode até fraturar do nada, sem que a pessoa tenha sofrido uma pancada forte ou algo assim. Imagina o susto?
Como é que se descobre que é osteossarcoma?
Bom, se você ou um amigo seu tá sentindo uma dor que não passa, especialmente se tá inchando, procure um médico, sério. Ninguém gosta de ir ao hospital, eu sei, mas nessas horas é melhor não arriscar. O médico provavelmente vai pedir um raio-X, que é o primeiro passo pra descobrir o que tá acontecendo. Se houver algo suspeito no exame, eles podem partir para uma tomografia ou ressonância magnética, pra ter uma visão mais clara do que tá rolando dentro do osso.
E aí, pra confirmar mesmo que é osteossarcoma, eles fazem uma biópsia. Esse é o procedimento em que retiram um pedacinho do tumor e analisam no microscópio pra ver se as células são cancerígenas ou não. É meio invasivo, eu sei, mas é necessário pra ter certeza do diagnóstico.
Tratamento: e agora, o que eu faço?
Se o diagnóstico for confirmado, vem aquele choque inicial, né? Ninguém tá preparado pra ouvir a palavra “câncer”, ainda mais na adolescência. A primeira reação geralmente é de medo, e isso é completamente normal. Mas, a boa notícia é que hoje em dia o tratamento para osteossarcoma avançou muito, e as chances de cura são reais, especialmente se for diagnosticado cedo.
O tratamento é geralmente dividido em três etapas: quimioterapia, cirurgia e, em alguns casos, radioterapia.
A quimioterapia é aquele processo em que a pessoa toma medicamentos poderosos para matar as células cancerígenas. Sim, pode causar efeitos colaterais como queda de cabelo, enjoo, cansaço, entre outros, mas é uma parte super importante do tratamento. O objetivo da quimio é encolher o tumor antes da cirurgia, tornando a remoção mais segura.
Depois, vem a parte cirúrgica. Eles vão tentar remover o tumor sem ter que amputar o membro (o que seria o ideal, claro). Felizmente, com os avanços médicos, muitas cirurgias hoje em dia são cirurgias conservadoras, ou seja, preservam o máximo possível do osso afetado. Em alguns casos, usam próteses para substituir a parte do osso que foi removida.
Dependendo do caso, pode ser que o médico recomende radioterapia, que é como se fosse um “raio laser” super potente que vai diretamente no tumor para destruí-lo. Nem todo mundo precisa disso, mas pode ser necessário se o tumor não tiver sido completamente removido na cirurgia ou se tiver um risco de retorno.
A luta emocional: tão importante quanto o físico
Agora, o que muitas vezes passa batido, mas é crucial, é o impacto emocional de lidar com uma doença como essa. O jovem que tá passando por isso muitas vezes se sente isolado, porque é uma experiência muito diferente da vida normal dos seus amigos. Eles tão falando sobre escola, festas, futuro, enquanto quem tem osteossarcoma tá preocupado com a próxima sessão de quimioterapia, os exames, as dores. Isso é pesado.
Aqui, o apoio da família e dos amigos faz toda a diferença. O paciente precisa sentir que não tá sozinho nessa, sabe? Conversar, chorar, rir, desabafar… tudo isso ajuda a manter a saúde mental em meio ao turbilhão de emoções.
E, claro, também vale buscar ajuda profissional, como psicólogos especializados em oncologia, que estão ali exatamente pra guiar o paciente e os familiares nessa jornada.
Prognóstico: o que esperar?
Então, e as chances de cura? Bem, isso depende muito do estágio do tumor quando ele é diagnosticado. Se o osteossarcoma é descoberto logo no início, as chances de tratamento bem-sucedido são muito boas. Em muitos casos, os pacientes podem se curar e continuar com suas vidas normalmente, mesmo que tenha havido necessidade de amputação ou uso de próteses.
Mas, sendo bem realista, a recuperação é um processo longo. Não é algo que acontece do dia pra noite. Após o término do tratamento, os médicos geralmente seguem acompanhando o paciente por alguns anos, fazendo exames regulares pra garantir que o câncer não voltou.
A vida pós-osteossarcoma
Depois de passar por tudo isso, muita gente fala que sai da experiência com uma visão de vida bem diferente. Aqueles pequenos momentos que antes pareciam nada, tipo admirar o pôr do sol, dar um rolê no parque ou rir com os amigos, acabam ganhando um super significado. E, cá entre nós, isso é algo que todo mundo, doente ou não, devia dar mais valor, né?
Se você ou alguém que você conhece tá lidando com osteossarcoma, saiba que há luz no fim do túnel. Vai ser uma jornada difícil, sim, mas com tratamento, apoio emocional e muita resiliência, é possível superar esse desafio.
E lembre-se: nunca hesite em procurar ajuda quando as coisas parecerem difíceis. Afinal, você não tá sozinho nessa.
Amado amigo, a dor do outro é complicada para muitos, que se colocam sempre em defensiva, cada sofrimento é individual, mas ao longo da minha trajetória, falo aqui triste, mas parece uma competição: querem sempre dizer que sentem mais dores que o outro!!!
Porém, é maravilhoso quando podemos entender mais sobre cada situação, muito me foi valioso ler o artigo, pois me colocou a par sobre o assunto. Ah! “Apoio” é a palavra apropriada para o efeito de convivência emocional, não pena ou omissão, pois é tão necessário nas conquistas, quanto nas lutas diárias que são por ventura maiores, mais comuns, né!?
Um abraço…