A Copa do Mundo do Catar teve início no dia 20 de novembro e após a divulgação da convocação de jogadores que representarão o país na competição, um dos assuntos mais discutidos é a gravidade e quantidade de lesões sofridas pelos atletas.
De acordo com o estudo intitulado de “Incidência de lesões em jogadores de futebol” publicado pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício do Esporte, durante o período em que o estudo foi realizado, as lesões mais prevalentes foram nos membros inferiores (86,9%), principalmente na região da coxa (38,0%), seguidas do joelho (15,2%), quadril/virilha (9,8%) e tornozelo (9,8%). Ruptura/estiramento muscular (37,0%), entorse/ligamento (19,6%) e outras lesões (14,1%) foram os principais tipos de lesões.
“Os principais mecanismos de lesão observados foram durante a corrida/sprint (33,7%), chute (12,0%) e salto/aterrissagem (6,5%). As lesões foram balanceadas entre overuse e trauma, 37,0% e 35,9%, respectivamente. A maioria das lesões (73,9%) não foi causada pelo contato com outro jogador ou objeto. Os principais métodos diagnósticos utilizados foram a ressonância magnética (38,0%), a ultrassonografia (33,7%) e os achados clínicos (15,2%)”, diz trecho do artigo.
De acordo com o ortopedista especialista em coluna vertebral e medicina regenerativa, Dr. Luiz Felipe Carvalho, o risco de lesão no futebol profissional é elevado, o estimado é que aconteçam entre 10 a 15 lesões para cada 1000 horas de prática do esporte.
O médico explicou que entre os tipos mais comuns de lesões no futebol estão os estiramentos, as contusões e as entorses. Boa parte delas tem origem traumática e o restante ocorre a partir de faltas ocorridas durante o jogo.
Algumas lesões não têm tanta gravidade, outras, no entanto, geram grande preocupação. É o caso das lesões na cabeça que podem ter efeito direto na coluna cervical.
Por isso, o especialista afirmou que é necessário acompanhamento médico para evitar e tratar lesões na coluna, que podem acabar interferindo na saúde e no rendimento em campo.
“Além das lesões simples como entorses, os jogadores estão sujeitos a sofrerem lesões bem mais graves. O tratamento de cada tipo de lesão acontece de forma diferente, somente com fisioterapia e fortalecimento passando por necessidade de uso de célula tronco nas lesões até cirurgia”.
O médico também pontuou que, o acompanhamento físico dos atletas feito por um especialista em medicina regenerativa faz total diferença na manutenção da saúde dos profissionais, que estão sempre expostos à grandes esforços físicos e constantes.
“A medicina regenerativa tem foco na recuperação mais rápida, melhor, com muito menos dor, além de evitar futuras lesões. Além disso, lesões que eram dadas como ‘final de carreira’ em grande parte têm soluções a partir da técnica certa”, disse.
Segundo o Dr. Luiz Felipe, a inteligência do tratamento está em dar início logo na fase inicial das dores.
“Se o atleta tem uma dor aguda inicial e permanecer com a prática de que isto vai passar sem tratamento o resultado pode ser uma dor contínua e persistente para a prática do esporte, podendo inclusive diminuir o rendimento e muitas vezes, colocando em risco sua própria carreira”, explicou.
Por fim, o especialista explicou que “equalizar uma dor inicial, muitas vezes com uso de células-tronco para a completa recuperação, pode evitar uma cirurgia e até mesmo evitar o fim de suas carreiras”.