O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação (Sedu), entregou, na manhã desta terça-feira (03), o Prêmio Escola que Colabora, em solenidade realizada no Palácio Anchieta, em Vitória. A premiação tem o objetivo de reconhecer os bons resultados obtidos pelas unidades de ensino na alfabetização dos estudantes capixabas.
O prêmio foi entregue pelo governador do Estado, Renato Casagrande, que destacou, em sua fala, a importância do reconhecimento às escolas públicas municipais e estaduais na construção de uma educação de qualidade.
“Uma coisa que não é ilusão na nossa vida é a educação. É o caminho que abre para as oportunidades. Eu descobri que podia ser político após me formar engenheiro. As pessoas me descobriram e me incentivaram a seguir o caminho da política. A educação não deixa nossos sonhos serem apagados. A educação é um caminho obrigatório para uma sociedade melhor”, afirmou o governador.
Casagrande defendeu que a continuidade das políticas públicas traz resultados. “Sofremos muito com a descontinuidade neste Estado. Hoje temos o Pacto Pela Aprendizagem nos 78 municípios capixabas. Não estamos preocupados apenas com os alunos do Governo do Estado, mas com todos os alunos do Espírito Santo, seja da rede estadual, municipal ou privada. Não podemos deixar ninguém para trás. Quando premiamos essas escolas estamos dizendo: vamos dar as mãos, nos juntar e carregar todo mundo no caminho de uma educação boa para todos”, pontuou.
O secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, destacou que o Pacto pela Aprendizagem no Espírito Santo (PAES) é mais do que um acordo. “É uma parceria que precisa ser duradoura. O Governo está presente na educação em todos os municípios. O PAES mostra isso! É muito trabalho e estamos muito contentes com mais essa edição do Prêmio. Temos 100 escolas premiadas em apenas seis meses. Junto com as premiadas no ano passado já são 200 escolas”, disse.
Vitor de Angelo destacou também que os desafios são grandes, especialmente os voltados à alfabetização dos alunos na idade certa. “Vemos um horizonte de expectativas e de muitos desafios. Por isso que esse ‘pacto’, que é o PAES, não pode ser interrompido, pois, assim, superar os desafios que temos se torna mais difícil. Esse esforço não é de uma rede, é um esforço coletivo”, completou.
“Estamos apostando muito no Prêmio Escola que Colabora e no PAES, para isso precisamos muito dos diretores e professores municipais. O regime de colaboração possibilita a conjugação de esforços e apoio na implementação de políticas educacionais. Um trabalho articulado, com responsabilidade conjunta e que elimina barreiras. É a combinação de diferentes saberes que respeita a autonomia, ou seja, é trabalhar em rede com as redes”, ponderou o coordenador do PAES na Sedu, Saulo Andreon.
Uma das unidades de ensino presentes no Escola que Colabora foi a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) de Tempo Integral Professora Eunice Pereira Silveira, que fica no bairro Tabuazeiro, em Vitória. A diretora da EMEF, Elaine Victor, afirmou que os professores da escola têm como maior objetivo ensinar, construir conhecimentos com os estudantes, compartilhar informações, instruir, corrigir, apresentar caminhos e possibilidades.
“Aqui, os estudantes são protagonistas e seu aprendizado reside na possibilidade de proporcionar um desenvolvimento integral, não só cognitivo, mas para a vida, baseado em valores e princípios. O trabalho em equipe é um grande aliado na formação integral dos estudantes, pois ajuda ativamente no desenvolvimento de habilidades e internalização de valores. Esse é o nosso diferencial”, relatou a diretora.
Premiação
O Prêmio Escola que Colabora é destinado às escolas públicas que tenham obtido os melhores resultados de aprendizagem, expressos pelo Índice de Resultado da Escola (IRE), calculado a partir do resultado do Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo (Paebes).
Ao todo, 50 unidades de ensino com os maiores IREs foram contempladas com o auxílio financeiro de R$ 70 mil e outras 50 escolas com os menores IREs também foram premiadas com o auxílio de R$ 50 mil, somando um montante de R$ 4.125.000,00 em recursos destinados à premiação das 100 escolas. Estes recursos devem ser utilizados, exclusivamente, tanto pelas escolas com maiores IRE quanto pelas com menores IRE, em ações de fortalecimento da aprendizagem e melhoria dos indicadores educacionais.
Além do repasse dos recursos, o Escola que Colabora visa promover ações colaborativas técnico-pedagógicas entre as escolas. Cada escola premiada com R$ 70 mil fica responsável por desenvolver, durante dois anos, ações de cooperação técnico-pedagógica com uma das escolas com menor resultado de aprendizagem expresso pelo IRE.