Um estudo publicado pela revista científica da UFAM falou sobre o diagnóstico da depressão pós-parto e o uso da hipnoterapia cognitiva no tratamento. O hipnoterapeuta Pyong Lee falou sobre o estudo e como a hipnoterapia é realmente eficaz para o tratamento de diversas condições e transtornos.
Segundo o estudo, a depressão é um problema significativo de saúde pública. A especial atenção que é dada a mulher quando se aborda a depressão justifica-se primordialmente pela maior prevalência deste transtorno no sexo feminino.
O artigo publicado foi uma revisão bibliográfica sobre a Hipnoterapia Cognitiva no tratamento da Depressão Pós-parto (DPP) tendo como objetivo discutir essa relação a partir da perspectiva da Análise do comportamento.
O estudo mostra que a depressão pós-parto acontece em quatro mulheres no período de 6 a 18 meses após o nascimento do bebê. A prevalência desse distúrbio no país foi mais elevada que a estimada pela OMS para países de baixa renda, em que 19,8% das parturientes apresentaram transtorno mental, em sua maioria a depressão, onde no Brasil o índice de mulheres com sintomas é de 26,3%, a partir de dados como esses, justifica-se a necessidade desta pesquisa.
Como resultado, o estudo concluiu que a escala mais utilizada para diagnosticar a DPP foi a Edinburg Depression Postpartum Scale (EDPS), e que quando a DPP é diagnosticada, utilizar o tratamento psicofarmacológico aliado à intervenção psicoterápica a partir da hipnoterapia cognitiva traz a reestruturação das cognições, através de relaxamento, enfraquecendo os esquemas mentais desadaptativos e também trabalhando na ressignificação de memórias negativas, promovendo modificações comportamentais, cognitivas e emocionais mais rápidas e efetivas, bem como a aplicabilidade desse atendimento nos serviços de saúde pública requer um trabalho interdisciplinar.
Portanto, Pyong explicou que a hipnoterapia como aliada no tratamento da depressão pós-parto pode refletir positivamente.
“É fato que com a hipnoterapia, a pessoa pode ser ajudada a se livrar de traumas e bloqueios emocionais que abalam a sua confiança, autoestima e a comunicação”, disse.
A confiança, a autoestima e a comunicação são algumas das características que devem ser consideradas pilares fundamentais nos bons relacionamentos.
Sobre a hipnoterapia
Segundo Pyong, com o tratamento através da hipnoterapia os gatilhos são identificados e as causas são descobertas, fazendo com que a pessoa possa, de fato, enfrentar aquilo que lhe amedronta.
“Às vezes os nossos traumas nos impedem de nos relacionar com as pessoas, mesmo que não percebamos. Isso por não sabermos como nos comunicarmos com os outros, e por não termos desenvolvido essa habilidade, nos isolamos, nos fechamos, temos medo de falar o que pensamos ou sentimos e isso acaba prejudicando nossa relação com o outro”, finalizou.