Estamos vivenciando um período muito delicado em todos os âmbitos e, para ajudar, temos sempre aqueles “espertinhos” que querem tirar vantagem da situação para encherem os bolsos. Um grande exemplo disso está na cesta básica que, no Estado do Espírito Santo, teve a uma alta considerável, sendo Vitória, a 5ª entre as Capitais do País (Fonte: Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Um aumento que pode parecer pequeno, mas, se colocarmos na ponta do lápis, chega perto de R$100,00 (cem reais) na cesta básica, o que para um assalariado que paga aluguel, é muito. Segundo o Dieese, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica somou 106h16m, ou seja, o trabalhador que recebe salário mínimo compromete 52,22% de sua renda para comprar sua alimentação básica, conforme o link que deixo a seguir: https://www.dieese.org.br/analisecestabasica/2020/202003cestabasica.pdf.
De quem é a culpa disso? Quem provocou esse aumento? É justo cobrar mais caro pelos alimentos durante uma crise no Sistema de Saúde Mundial? Porque alguns itens da cesta básica quase que dobrou o valor?
Segundo o mesmo instituto, o salário mínimo, em março do corrente ano, deveria ser de R$ 4.483,20 ou 4,29 vezes o mínimo de R$ 1.045,00. Agora pergunto: Seria bom receber um salário desse? Claro que sim… Mas aí vem outro questionamento: Com tantos tributos, encargos, impostos e tais, é possível pagar um salário desse? Conheço alguns comerciantes que estão com dificuldades de pagar o atual salário mínimo, quem dirá esse que foi proposto pelo Dieese.
Com essas informações, fico perguntando onde está a raiz desse aumento? O PROCON se prontificou para receber denúncias no superfaturamento dos preços, mas será que esse Órgão do Governo está verificando esse aumento? Ele pode parecer pequeno, se fizermos vista grossa, mas no fundo, realmente fica muito difícil…
E quanto a nós cidadãos? Ouço muitos reclamando do preço da gasolina, por exemplo, mas para ir na padaria d’outro lado da quadra, tem que ser de carro, não pode ir a pé… Reclama do preço do feijão, ou da saca de café, mas não reclama do preço da cerveja. Acho que alguns de nós, precisam de aula de economia doméstica (se fizer, me convidem), para administrarem melhor o orçamento…