O município de Ibatiba voltou à classificação de Risco Moderado para Covid-19, esta semana, mas também está em alerta para a prevenção dos casos de dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti – também transmissor da chikungunya e zika. Existe a preocupação de que pacientes com essas doenças comecem a aumentar a lotação nas unidades de saúde e hospitais, num momento em que pandemia do novo Coronavírus ainda segue infectando moradores do município.
E no último mês, quatro casos de dengue foram notificados, em Ibatiba, apesar de não terem sido confirmados. No entanto, isso acendeu o sinal de alerta da equipe da Vigilância Ambiental e Zoonoses, da Secretaria Municipal de Saúde, que segue realizando ações para combater os focos do mosquito, mas pede a contribuição da população nesse combate.
O chefe da Vigilância Ambiental e Zoonoses, Jonathan Felipe Rahah de Freitas, orienta a toda população que continue monitorando quintais, terrenos, onde puder haver água parada, como pneus, garrafas, calhas, plantas (como bromélias), vasos de plantas, piscinas, recipientes atrás de geladeiras e até tampinhas de garrafas, qualquer coisa que pode acumular água, além de manter as caixas d’água bem fechadas.
A intenção é evitar a proliferação de focos do mosquito e, em consequência, qualquer ameaça de surto de dengue no município. “Até agora, este ano, tivemos quatro notificações, mas nenhum caso foi confirmado”, relata Jonathan. “Mas o fato de não haver casos confirmados, não quer dizer que podemos relaxar, porque, mesmo com todas as ações que realizamos, em 2020, tivemos 29 casos notificados, com cinco confirmados”, destaca.
Sintomas
Jonathan Felipe também ressalta que é muito importante procurar a assistência médica do município, quando sentir qualquer dos sintomas relacionados à dengue. Ele conta que, nos últimos dias, pessoas sentiram os sintomas e não procuraram a unidade de saúde. “As pessoas ficaram com medo, por causa da pandemia”, conta.
Os primeiros sintomas da dengue, geralmente, são pouco específicos e incluem febre alta e mal estar geral, que surgem cerca de três dias após a picada do mosquito Aedes aegypti. Contudo, mais especificamente, a pessoa infectada pode apresentar febre acima de 39º C, enjoos ou vômitos, dor de cabeça constante e no fundo dos olhos, manchas vermelhas na pele em todo o corpo, cansaço excessivo sem razão aparente, dor nas articulações e ossos e, em alguns casos, sangramentos pelo nariz, olhos ou gengivas, urina rosa, vermelha ou marrom. Alguns sintomas se confundem facilmente com de outras doenças.
Por isso, é muito importante ficar atento para a evolução dos sintomas da dengue para ajudar o médico a distinguir de outras doenças como gripe, resfriado, malária ou meningite, por exemplo, e até mesmo a Covid-19, para que seja iniciado o tratamento adequado rapidamente. E antes mesmo de ir ao médico, em caso de suspeita, a pessoa deve beber bastante líquidos e não pode, em hipótese alguma, se automedicar, só podendo usar o paracetamol ou dipirona, para aliviar as dores e a febre, nunca o ácido acetilsalisílico (AAS) ou aspirina que podem causar hemorragia.
Aedes
O mosquito Aedes é o transmissor da dengue, zika (muito perigosa para gestantes, porque pode provocar microcefalia nos bebês) e a chikungunya. No caso desta última, os sintomas aparecem mais rápido do que na dengue, com a pessoa se tornando um hospedeiro do vírus também em um menor tempo, depois de ser picado pelo mosquito, o que é um risco maior para uma epidemia ainda mais rápida desta doença. E é preciso ter consciência que a mais conhecida, a dengue, é uma doença grave, que debilita a pessoa, a tira de suas atividades e pode matar.