O tempo de permanência nas lojas físicas tem sido cada vez menor, na avaliação de um dos administradores da Borges Eletromóveis, Thalison Borges. A rede é referência nos estados nordestinos do Rio Grande do Norte e da Paraíba em móveis e eletrodomésticos. As negociações são cada vez mais rápidas e as lojas, menos movimentadas. No entanto, as vendas continuam em crescimento e os vendedores com muito trabalho. Isso não é reflexo apenas da pandemia do novo coronavírus, que esvaziou as ruas, é também um comportamento que vinha sendo verificado ao longo dos últimos anos com o aumento de pessoas conectadas à internet. “Algo que venho achando interessante é que a venda no ponto físico não diminuiu, mas o comportamento do consumidor mudou. Antigamente o cliente chegava e olhava por horas todos os modelos, tirando as dúvidas. O que acontece hoje é que ele fecha tudo pelo mundo virtual e vai à loja apenas para ver o produto pessoalmente e pagar”, explica Thalison.
Nos canais digitais de venda do WhatsApp e do Instagram, o público já olha fotos e tira todas as dúvidas, como preço, formas de pagamento, medidas, cores disponíveis e todas as demais questões. Nisso, as negociações são realizadas virtualmente e o tempo na loja com o vendedor diminui, pois a pessoa já chega ao local sabendo o que irá comprar, “a venda começa na internet e é finalizada no ponto de venda, e isso não acontece apenas por causa da pandemia, tem sido algo crescente”, destaca o rapaz. Mudança verificada entre idosos também. A clientela da família Borges tem aumentado no mundo online, inclusive os mais velhos. Eles têm visto as vantagens de fazer uma compra sem sair de casa, no entanto, ainda não se sentem seguros na hora de realizar o pagamento, pois o fato de não serem tão familiarizados com as tecnologias, faz com que tenham medo de sofrer algum tipo de golpe. “A Borges não enfrenta barreiras no mundo online por ser conhecida e respeitada, mas ainda há clientes, principalmente idosos, que fecham tudo online e vão na loja apenas para passar o cartão, pois tem medo de fazer pagamentos online”, reitera. Thalison ainda destaca que, para ele, a tendência é essa: a loja virar apenas um ponto de retirada da compra.