O tempo em que conhecimento médico era adquirido apenas em consultórios parece ter ficado para trás. O advento da internet e a inserção de programações de saúde nas maiores emissoras brasileiras têm contribuído para um cenário de educação quanto a estilo de vida, alimentação e preocupação com o sedentarismo.
“Por muito tempo a premissa de que apenas pessoas mais velhas tinham interesse por essa categoria de conteúdo afastou a programação de saúde dos radares dos canais de transmissão. Hoje, há um entendimento e diversos estudos que apontam que as pessoas querem saber como viver melhor e chegar à terceira idade com mais vitalidade”, explica Salatiel Araújo, produtor, apresentador e CEO do Doutor TV.
Salatiel conta que a ideia do programa surgiu ao notar que muitas pautas sugeridas por médicos eram deixadas de escanteio por jornalistas. “Criei o Doutor TV para dar voz aos médicos que muitas vezes não tinham suas sugestões de pautas aprovadas pela imprensa, deixando então de abordar assuntos relevantes para a sociedade”, explica.
Segundo o produtor e apresentador, a programação contribui para um cenário de informação quanto a prevenção e tratamento de doenças que nem mesmo eram discutidas anteriormente. “A população, ao assistir um programa de tevê, pode se atentar a sintomas que antes ignorava e por meio disto procurar ajuda. Da mesma forma, o paciente já chega mais ciente de cuidados básicos em consultas médicas de rotina, o que também tende a melhorar a conversa entre médico e paciente”.
Apesar da importância dos programas de saúde, Salatiel aponta que se autodiagnosticar ou se automedicar não é o objetivo dos programas. “A intenção é levar informação, de forma que o telespectador busque pelo profissional de saúde. Não é uma substituição, mas uma soma na batalha por uma população mais saudável”, alerta.